Resumo
Introdução: Este trabalho, desenvolvido pelo Laboratório de Poéticas Fronteiriças (LABFRONT – UEMG/CNPq), investiga as possibilidades e limitações do uso do DNA sintético como meio alternativo para a preservação digital de dados. Diante do crescimento exponencial da produção de informações e das limitações dos métodos atuais de armazenamento — como durabilidade, demanda energética, uso de metais e impacto ambiental —, o DNA surge como uma solução viável, combinando suas bases nitrogenadas com o código binário em discos biológicos não dependentes de organismos vivos. Objetivo: O estudo busca apresentar a técnica de armazenamento em DNA sintético, consolidando pesquisas existentes, discutindo suas funcionalidades, limitações e perspectivas futuras. Além disso, propõe uma análise comparativa com métodos tradicionais, correlacionando a tecnologia com questões ambientais e de sustentabilidade. Metodologia: A pesquisa adotou uma abordagem exploratória, com levantamento bibliográfico em bases acadêmicas e fontes comunicacionais. Resultados: Os resultados apontam que o DNA sintético oferece diversas vantagens: alta densidade de armazenamento, durabilidade milenar, menor uso de espaço físico e de energia, além de não exigir refrigeração. Contudo, desafios como o alto custo, baixa velocidade de leitura e restrita disseminação tecnológica ainda limitam sua aplicação. Parte dessas barreiras pode ser superada com o avanço científico. Conclusão: O DNA sintético não visa substituir os métodos atuais, mas complementá-los, oferecendo alternativas mais duráveis e sustentáveis para a preservação de dados. A técnica representa uma inovação promissora frente aos desafios contemporâneos da preservação digital.
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